Tumores de Pele

O que são tumores de pele?

Tumores de pele, neoplasias cutâneas ou neoplasias dermatológicas são crescimentos anormais das células da pele que podem ser benignos (inofensivos), pré-malignos (podem se tornar malignos) ou malignos (câncer de pele).

Quais são os fatores de risco para câncer de pele?

Os tumores cutâneos malignos tornam-se extremamente comuns à medida que as pessoas envelhecem, frequentemente relacionados com exposição prolongada ao sol ou exposição a câmaras de bronzeamento artificial, tabagismo, infecções (ex. HPV), predisposição genética

Qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele, mas aquelas com pele muito clara, albinas, com vitiligo ou em tratamento com imunossupressores, são mais sensíveis ao sol. O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos.

É considerado raro em crianças e pessoas negras, exceto pessoas com essas características que tenham algum outro tipo de problema cutâneo

Quais são os tumores benignos?

Dentre os diversos tipos de tumores benignos, destacam-se: nevos, siringomas, quelóides, lipomas, cistos, leiomiomas, neuromas, hemangiomas, entre outros.

Quais são os tumores malignos?

Entre as lesões malignas, os tumores mais comuns são: carcinoma basocelular (CBC), carcinoma epidermóide ou espinocelular (CEC) e melanoma.

CÂNCER DE PELE: MELANOMA

O câncer de pele melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés.

Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.

É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial

CÂNCER DE PELE: NÃO MELANOMA

O câncer de pele não melanoma, mais comum no Brasil, tem alta chance de cura, desde que seja detectado e tratado precocemente.

Entre os tumores de pele, o não melanoma é o mais frequente e de menor mortalidade, mas pode deixar mutilações bastante expressivas se não for tratado adequadamente.

O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes são:

  • O carcinoma basocelular, o mais comum e também o menos agressivo: se caracteriza por uma lesão (ferida ou nódulo), e apresenta evolução lenta;
  • Carcinoma epidermoide: também surge por meio de uma ferida ou sobre uma cicatriz, principalmente aquelas decorrentes de queimadura. A maior gravidade do carcinoma epidermoide se deve à possibilidade de apresentar metástase (espalhar-se para outros órgãos)

Como suspeitar de câncer de pele?

Os principais sintomas do câncer de pele são:

  • Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram.
  • Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor.
  • Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.

Como diagnosticar o cancer de pele?

O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico (Dermatoscopia), que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. 

Pode-se optar, em alguns casos, pela realização de uma biópsia (retirada parcial ou total da lesão) para estudo do fragmento em laboratório por profissional especializado (Patologista) e futura programação do procedimento definitivo.

Como é o tratamento do câncer de pele?

Nem toda lesão de pele exige retirada cirúrgica. Após a devida avaliação, serão discutidas com o paciente as possíveis condutas que variam desde o simples acompanhamento periódico, passando por tratamentos não-cirúrgicos, até a cirurgia propriamente dita.

Nos casos de tratamento cirúrgico, há ainda diversas possibilidades de planejamento que deverão ser discutidas com o paciente. A programação da cirurgia varia dependendo do tipo de lesão (se benigna, maligna, de crescimento rápido ou não, impondo limitações funcionais ou não, etc.).

O tratamento completo poderá ser realizado em um ou mais tempos cirúrgicos, na dependência das características da lesão em questão.

No caso de lesões pequenas, a cirurgia poderá consistir na simples retirada da lesão e fechamento da pele da maneira mais discreta possível.

Em lesões maiores, pode ser necessária a utilização de retalhos (recrutamento de tecidos sadios adjacentes à lesão) ou enxertos (segmentos de pele de espessura variável, obtidos de regiões sadias distantes à lesão) para o devido fechamento da ferida gerada após a ressecção.

No caso de lesões malignas (já diagnosticadas por biópsia prévia), faz-se necessária a ampliação das margens de ressecção para além dos limites visíveis da lesão, orientada pelas características desta (localização, tipo, tamanho) e possivelmente por avaliação per-operatória (ao longo da cirurgia) dos fragmentos ressecados por um Patologista, a fim de se conseguir a completa retirada com “margens livres” (ausência de doença residual local). Poderá estar indicada a cirurgia micrográfica de Mohs.

Qual a anestesia usada na cirurgia?

A anestesia poderá ser local, regional, com ou sem sedação e até mesmo geral, na dependência do procedimento proposto e do risco cirúrgico do paciente.

Quanto tempo dura a cirurgia?

Em torno de 30 min a 1 hora. Depende do tipo de lesão, tamanho, localização, planejamento cirúrgico...

Qual o tempo de internação?

Normalmente o paciente recebe alta após o procedimento.

Quando os pontos são retirados?

Em torno de 7-10 dias, se tiver.

Como é o pós operatório?

A cicatrização é um processo complexo e cheio de peculiaridades dependentes da natureza de cada um. Alterações mais (fase inicial) ou menos (mais tardiamente) aparentes continuam a ocorrer mesmo após meses da realização do procedimento.

O paciente não pode se expor ao sol por pelo menos 3 meses e deve permanecer em acompanhamento com seu cirurgião ou dermatologista pelo menos anualmente após retirada da lesão com margem de segurança (avaliar recidivas)

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